segunda-feira, 2 de julho de 2007

Suicídio


A voz que me dói na alma,

E me aperta e esmaga o peito,
É vazia, sem coração.
E com uma enorme calma
A cama onde durmo ajeito
E me deito, em solidão...
As memórias são o que tenho
Ainda, e tão cheias de vida,
Mas completamente sem esperança.
E o suicídio a que venho
Esta noite assim esquecida,
Sem lua e sem bonança.
Aponto a arma carregada
À cabeça, e sem chorar.
Sinto já algum alívio e tremor...

Pobre homem desprezado
Tanto querias amar
E não descobriste o amor...

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